É difícil entender qual a importância dos modelos para a ciência sem antes entender a quê a ciência se propõe. De forma geral, as ciências buscam explicar fenômenos naturais com base em evidências. Porém, os dados encontrados na natureza precisam passar por um tratamento teórico extenso até que possam ser considerados evidências (FEYERABAND, 1977). Então, o que é uma teoria e qual o papel de um modelo na construção da ciência?
Os modelos são esquemas simplificados da realidade que, em geral, têm o objetivo de descrever e gerar previsões (SCHEINER & WILLIG, 2007), como por exemplo, o modelo atômico. Teorias, se comparadas com modelos, usualmente têm maior abrangência e generalidade. Além disso, teorias em geral tratam não só de sistemas reais, mas também de sistemas possíveis (ABRANTES, 1999) e usualmente visam mais do que simplesmente descrever e prever o comportamento de sistemas reais particulares, mas podem também representar tipos de sistemas (HUGHES, 1997). Os modelos devem possuir duas características antagônicas generalidade e poder de previsão. Se um modelo tem alto grau de generalidade, então ele pode gerar previsões sobre muitos sistemas, porém o seu poder de previsão sobre cada um destes sistemas é baixo. E caso a generalidade seja baixa não poderá fazer previsões sobre muitos sistemas (SCHEINER & WILLIG, 2007). O modelo de um sistema, quando é incorporado a uma teoria, torna-se um modelo teórico. Um modelo teórico pode tornar-se cada vez mais complexo, com o objetivo de aumentar a adequação e precisão das previsões geradas a partir da teoria. Como no exemplo já citado, foram propostos diversos modelos de átomo, com o objetivo de diminuir o grau de generalidade e de esquematismo dos modelos inicialmente propostos e poder explicar melhor o comportamento das partículas observadas (ABRANTES, 1999).
Assim, as teorias científicas norteiam a construção de um modelo – que, como já foi dito, é um esquema simplificado de um sistema real. A partir deste modelo é possível gerar hipóteses que serão confrontadas com dados empíricos. Aqui, novamente, a teoria irá dizer se os dados são evidências robustas o suficiente para corroborarem ou negarem a hipótese proposta.
Os modelos são esquemas simplificados da realidade que, em geral, têm o objetivo de descrever e gerar previsões (SCHEINER & WILLIG, 2007), como por exemplo, o modelo atômico. Teorias, se comparadas com modelos, usualmente têm maior abrangência e generalidade. Além disso, teorias em geral tratam não só de sistemas reais, mas também de sistemas possíveis (ABRANTES, 1999) e usualmente visam mais do que simplesmente descrever e prever o comportamento de sistemas reais particulares, mas podem também representar tipos de sistemas (HUGHES, 1997). Os modelos devem possuir duas características antagônicas generalidade e poder de previsão. Se um modelo tem alto grau de generalidade, então ele pode gerar previsões sobre muitos sistemas, porém o seu poder de previsão sobre cada um destes sistemas é baixo. E caso a generalidade seja baixa não poderá fazer previsões sobre muitos sistemas (SCHEINER & WILLIG, 2007). O modelo de um sistema, quando é incorporado a uma teoria, torna-se um modelo teórico. Um modelo teórico pode tornar-se cada vez mais complexo, com o objetivo de aumentar a adequação e precisão das previsões geradas a partir da teoria. Como no exemplo já citado, foram propostos diversos modelos de átomo, com o objetivo de diminuir o grau de generalidade e de esquematismo dos modelos inicialmente propostos e poder explicar melhor o comportamento das partículas observadas (ABRANTES, 1999).
Assim, as teorias científicas norteiam a construção de um modelo – que, como já foi dito, é um esquema simplificado de um sistema real. A partir deste modelo é possível gerar hipóteses que serão confrontadas com dados empíricos. Aqui, novamente, a teoria irá dizer se os dados são evidências robustas o suficiente para corroborarem ou negarem a hipótese proposta.
Por: Bruno Travassos
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